Rio & Cultura

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Na casa dos homens

Aqueles que vejo que lá frequentam não são diferentes de mim, por isso não tenho razão alguma para estar lá.
Se acharem que sou pecador, são eles também tão pecadores quanto eu.
Se acharem que são santos, sou eu também tão santo quanto eles.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Um mal necessário

Perdoar é uma dádiva que habita no coração dos bons, mas infelizmente, não poder esquecer é um castigo que mora na mente de todos.
Podemos até esconder algumas memórias ruins e com o tempo não mais lembrar delas de forma tão corriqueira, mas acredite, elas ainda estão lá, escondidas mas jamais mortas, somente esperando o momento de mais uma vez se fazerem vivas.

Verdade inversa

Estou cada vez mais inclinado a acreditar que é mais provável as divindades serem criações da coletividade humana do que os homens a criação de um ato divino.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Tempos atrás

Houve um tempo em que o cinema era mudo e o rádio ocupava lugar de destaque nas casas das famílias.
Houve um tempo em que acordos eram fechados com apertos de mãos e assinaturas eram meras formalidades.
Houve um tempo em que os beijos duravam menos, e os casamentos eram eternos.
Aqueles eram tempos em que cada objeto era uma obra de arte em si; eles possuíam almas, pois eram feitos pelas mãos suadas e calejadas de homens e não pela frieza de robôs com coração de aço.
Naquele tempo a informação não trafegava via satélite nem viagens intercontinentais eram feitas em asas de pássaros a jato, pois o homem não queria correr, ele queria simplesmente viver.
Naquele tempo não era preciso ter um haras sob o capô porque se o próprio tempo não se importava em correr, por que nós deveríamos?
Naquele tempo nasceu um mito que de tão especial nem precisou de um nome para chamar a atenção, bastava sua potência; 11cv.
E foi assim que mais uma vez a arte invadiu a vida e a deixou mais bela quando refletida na pintura que dançava com as curvas daquele carro.
Naquele dia mais uma vez uma empresa francesa mostrou ao mundo que carros não são apenas uma mistura de fórmulas matemáticas e desenhos funcionais numa folha de papel, mas sim a humana e pura créative technologie.

domingo, 6 de maio de 2012

Não acreditem no que escrevo

Não acredito mais em palavras, pois sei o quão manipuladas e falsas elas podem ser. Palavras muitas vezes são como uma obra de arte da mente sensível ou um simples desejo do ser, mas não aquilo que ele realmente é. Ainda me deixo enfeitiçar pela beleza superficial das palavras, mas já não mais acredito nelas. Acredito sim nos gestos, pois estes sim são a verdadeira expressão do ser sem refrão nem rima. Gestos são lindos quando devem ser e também horríveis em outros momentos, mas são reais, muito mais do que qualquer palavra poderá jamais sonhar em ser.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Falam do Peugeot

Já ouvi várias pessoas dizerem que um Peugeot tem suspensão ruim, que dá problema toda hora, uns chegaram até a dizer que não queriam nem de graça, mas na boa, eu gosto muito do meu!
O carro tem o DNA de um campeão, pois foi o vencedor do assustador grupo B do mundial de rally nos anos de 1985 e 1986. Nesta época a fábrica francesa competia com um 205 com motor central que virou lenda e deixou os "invencíveis" Audi Quattro comendo poeira. Mesmo depois que o grupo B foi banido devido ao grande número de fatalidades a Peugeot voltou a triunfar em 2000 e 2002 com o 206, provando que certa parte das coisas ruins que dizem do carro não passa de lenda.
Mas deixando os rallies de lado e voltando para minha humilde realidade urbana, posso afirmar que o meu Peugeot é demais!
Se quero subir a serra no calorão do Rio com o carro cheio de malas no porta malas e outras sentadas no banco traseiro, o motor 1.6 16 válvulas dele não faz vergonha. Mesmo com o ar ligado ele sobe rápido e eu na pista da esquerda vou só vendo alguns outros carros que se arrastam na direita com o vidro aberto, lógico, caso contrário não sobem.
Quando eu preciso chegar rápido para ver a pessoa amada eu sei que posso confiar nele, quando quero andar devagar por que ela já está no banco do passageiro, sei que também posso contar com ele. A aceleração desse meu leão é suave quando precisa ser e também nervosa como a de um grande campeão das pistas quando afundo um pouco mais o pé direito no acelerador.
Se tá calor lá fora eu ligo ar e lá dentro o clima de montanha toma conta do ambiente, se tá frio lá fora basta ligar o aquecedor e rapidinho o clima do Rio de Janeiro invade meu carro de novo.
Quando meu amor tá cansada é só abaixar o banco e ela dorme como um anjo e de vidros fechados só o que se ouve é o ronco do motor, na medida certa para você saber que se trata de um Peugeot, mas sem jamais perturbar o sono do anjo que dorme no banco da direita.
O meu Peugeot tem a velocidade e a "pegada" de um vencedor sem jamais perder a sutileza e o conforto de um verdadeiro hotel 5 estrelas.
Quando comprei meu Peugeot em 2009 eu não comprei simplesmente um carro, eu comprei o carro que eu queria desde moleque, desde quando eu o vi pela primeira vez numa propaganda em que ele passeava numa rua européia ao som de Lenny Kravitz. Comprar um Peugeot não foi uma escolha, foi a realização de algo que eu queria muito!
É por isso que hoje escrevo, pois podem falar mal dele o quanto quiserem, mas o meu 206 é um leão de verdade e eu terei o grande prazer de domá-lo por ainda muito e muito tempo!
Um Peugeot é mesmo assim, é emoção e movimento!