segunda-feira, 7 de março de 2011

Talvez o amor


O grande William Shakespeare uma vez escreveu que o caminho do verdadeiro amor nunca foi suave. Sinto-me tocado cada vez que leio essas palavras, pois de fato creio que o mais belo dos sentimentos talvez tenha sim que passar pelos mais imensos desafios para provar sua verdadeira existência. Contudo, o amor para se fazer existir, para se fazer ser visto e admirado precisa se seres humanos como eu e você para se materializar, e é aí que venho a me perguntar. Quantos de nós realmente acreditamos nele ao ponto de transformarmos abismos em meras rachaduras e muralhas em frágeis cercas? Quantos de nós podemos de fato sentir o amor na sua mais profunda essência e deixar que esse sentimento que rege todos os outros nos norteie e nos faça ir além de onde nossa razão e nossos corpos nos dizem sermos capazes?

Creio que o amor não seja apenas um sentimento fantasiado na cabeça de poetas e escritores, visto que nenhum humano, nem mesmo o mais belo de todos seria capaz de criar sentimento tão intenso e forte ao ponto de nortear toda uma vida. Então acredito que esse amor descrito por Shakespeare e por outros tantos poetas não seja apenas fruto de uma mente brilhante, mais um amor real e absoluto que existe em cada um de nós, apenas não somos todos nós que gostamos de admitir ou que acreditamos que ele é de fato a única coisa na vida que vale a pena toda luta e toda cicatriz, seja ela na carne ou no coração. Se temos tantos outros valores “mais importantes” hoje em dia, nada mais cabível que deixar o amor ali adormecido, descansando, e guardar nossas energias para todas essas outras coisas.

Assumir o amor parece muita vezes como assumir uma fraqueza, parece como assumir uma cultura ultrapassada, algo deixado para um tempo onde casamento era para sempre e onde o amor não era uma mera palavra encontrada em cartões de dia dos namorados, mas sim um sentimento que nos fazia sonhar e que carregava em suas quatro letras toda uma razão para estarmos vivos. Talvez poetas sejam seres que vivem em amor durante toda sua vida e por isso tenham tanta facilidade em descrevê-lo ou pelo menos em tentar defini-lo. Talvez sejam pessoas corajosas o suficiente para escrever, falar, pintar, cantar sobre ele sem medo de serem apontados como loucos ou sentimentais. Talvez, seja preciso que hajam pessoas como estas em um mundo como esse para que os outros de nós não se esqueçam de que o amor não são apenas palavras em textos, em blogs, em cartões ou histórias em filmes hollywoodianos, ele é de fato um sentimento real. Real ao ponto de vencer tudo, todos, de vencer o tempo e as circunstâncias. Real e absoluto, forte e suave como a água que vence a rocha e como vento que move montanhas. O amor não é apenas algo para se acreditar, mas um sentimento para se viver.

2 comentários:

  1. eu to vivendo um momento de crise em minha vida.
    Gosto muito de um menino, mas nao posso falar com ele. e nesse momento elle esta em frente minha casa. e eu com o coração com a maior vontade de dar um oi ou simplismente um abraçoo.. isso doi-me um poouco.. quero que tudo isso acabe porque amo muitoo ele. e cada dia mais quero estar pertoo
    ai num sei o que fazer...

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  2. Stefany, eu também já passei por situações assim, de gostar muito de alguém e ter medo ou receio de falar com essa pessoa por medo de perder a amizade, mas siga seu coração e diga que gosta dele. Se ele for a pessoa certa para você vai dar tudo certo, se não for, você irá ouvir um 'não' e sei que isso vai doer, mas pelo menos você tentou. É melhor do que você guardar esse sentimento dentro de você e ficar se perguntando depois como teria sido se você tivesse dito. Então diga, arrisque-se, pois você não tem nada a perder e na vida somos nós que criamos nossas oportunidades.

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