sábado, 30 de abril de 2011

Voa passarinho (dor de amor)

Escrever é preciso. Há tantas coisas presas dentro de mim, tantos sentimentos que não se calam. Eles gritam, berram, e às vezes sussurram, mas o que quer que façam eles não me deixam em momento algum dormir ou esquecer de você. Não que eu queria, mas eu queria apenas que a dor parasse de doer. Queira ir na farmácia da esquina e comprar um remédio para curar essa dor tão forte que dói em meu peito. Dor que queima, que me faz querer chorar, que me leva pra você a todo momento de novo e de novo. Você que eu tanto amei, que eu tanto cuidei, para quem eu tanto me doei. Mas você é passarinho que não vive em gaiola, e chegou a hora de abrir as portas para que você possa voar, sem mim, sem minhas asas pra te protejer, sem meu bico pra te alimentar. Então voa passarinho, voa minha linda! Para cada batida de asa tua nesse céu sem fim mais uma pontada de dor sinto em meu coração. Dor de amor, é o que eles dizem. Dor que passa, é o que eles dizem. Mas se amar você for sentir essa dor cada vez que te vejo mais longe de mim, então prefiro viver doente a te esquecer. Voa passarinho, minhas portas continuam abertas para você. Voa passarinho, e volta, volta pra me curar, pois não há remédio que me cure, que não seja o teu amar.

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