domingo, 12 de agosto de 2012

Sob a sombra da cruz

As religiões deveriam ser uma coisa boa, algo que construisse valores nas pessoas, que as fizessem agir de forma mais correta e evitar que elas ferissem seu próximo. Talvez as religiões sejam de fato algo bom, o problema está nas pessoas.
As pessoas não sabem seguir algo sem acabar se tornando fanáticas por isso. Somos fanáticos por cantores, por nossos amores, por times de futebol e muitas outras coisas. O problema do fanatismo religioso é que ele cega e faz com que esses fanáticos vejam os outros, aqueles que não dividem a mesma crença, como errados e muitas vezes até mesmo merecedores de pena de morte simplesmente por não dividirem a mesma crença. A crença fanática em uma religião gera intolerância, hipocrisia, desrespeito e acaba fazendo com que muitas religões nutram efeitos inversos aqueles que se propõe. O problema das religiões é que elas são criadas por homens e para piorar, são seguidas por homens.

Então, quando passo na frente de uma igreja e ouço um pastor que se esgoela como um galo ao amanhecer, não me sinto motivado a entrar, pois nunca soube de fãs de John Lennon queimando fãs de Justin Bieber vivos em uma fogueira, tampouco ouvi falar de Monet ou Picasso enviando cavaleiros em uma cruzada com o objetivo de converter admiradores de Toulouse de Lautrec ou Van Gogh. Porém, sei de uma igreja que levou mais de 400 anos para desculpar-se por ter tachado Cristóvão Colombo de louco por acreditar que a Terra era redonda, também sei de uma igreja que é intolerante ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e se esconde por trás de "ensinamentos de Deus" para justificar sua própria incapacidade de reconhecer que o amor não é limitado pelas barreiras do sexo.

Por isso não se espantem se eu admirar outras pessoas e não me importar por não ser um religioso, afinal de contas, é melhor seguir um homem sábio do que se deixar levar pela histeria de centenas de loucos.

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