quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Texto 3

Mas um dia se passou veloz como um cometa e deu seu lugar a um novo. Tudo parece igual, porém tudo está diferente. O sol se põe ao horizonte e sua bela luz refletida no mar parece fagulhas de um amor que antes fora chama. O reto horizonte distante de mim me faz enxergar todas as possibilidades que teríamos, contudo escolhemos justamente aquelas que nos levaram a lugar algum. Olho para baixo e vejo as ondas e ouço os seus sons enquanto elas golpeiam as pernas que me sustentam. Vendo esta magistral cena orquestrada pelo Divino com amor, lembro-me da paz que você dizia sentir quando estava junto ao mar. As águas tocavam tua pele e cabelos e você linda como sereia corria para meus braços. Gostaria de poder te mostrar e te contar com fascínio e emoção tudo que vi e vivi nessas minhas duas semanas, entretanto olhando para o mar vejo que da mesma forma como ele apagou nossos nomes na areia algo também lavou nossos sentimentos e agora minhas histórias já não mais te interessam, pois você decidiu escrever a sua sozinha.
Então em meu barquinho navego também sozinho, escrevendo minhas próprias histórias e velejando por entre céus azuis e tempestades, apontando sempre minhas velas para os ventos soprados por mim mesmo.

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