Esse meu espaço é na verdade um lugar onde posso postar meu textos e pensamentos. O blog possui esse título porque acredito que o ponto final limita as palavras e sentimentos são muito maiores do que as palavras podem descrever, por isso às vezes não uso ponto final para que os sentimentos não se sintam acorrentados às limitações da gramática.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A vida não imita a arte
Por que a vida não é como a arte? Por que no mundo real rosas não fazem mulheres chorar ou as faz se derreter por aquele que as traz? Talvez seja porque a arte retrata aquilo que todos desejaríamos ter ou ser, mais não há espaço nesse mundo para tal. E por que as rosas perderam seu valor? Creio que seja também porque essas criaturas tão delicadas e gentis tornaram-se band-aid para remendar traições e afins. Pobre das rosas, tiradas de seu tão belo lugar e lançadas a vala comum dos pedidos de desculpas. Contudo minhas rosas não são para desculpar-me por não ser capaz de ser o que você sempre quis que eu fosse, mas sim para mostrar-te que você é muito mais do que eu mereço. Pobre de mim, apaixonado por alguém que me enxerga e vê buracos, vazios, espaços imensos que podiam estar preenchidos de tantos adjetivos, mas que agora são apenas buracos. Em outra parte existem adjetivos, tantos quanto se possa imaginar, mas jamais serão capazes de cobrir ou desviar o olhar de quem busca aquilo que ali não está. Contudo, diferente da razão que te norteia e da idealização que te faz olhar para aquilo que justamente não tenho, tento mostrar-te que mesmo com minhas inúmeras falhas posso ainda ser capaz de fazer-te feliz se por um momento, ou dois talvez, quem sabe até mesmo por uma vida, conseguir fazer que teus olhos vejam e que teu corpo sinta toda a realidade que existe em mim. Fazer com que deseje e com que ame os mínimos detalhes que me fazem ser tão diferente, fazer com que entenda que não posso competir com o irreal, mas que sou tão realmente e verdadeiramente apaixonado por ti que cruzaria os quatro cantos do mundo para te encontrar e faria de tudo, até mesmo contra mim mesmo para te reconquistar. Vestido de palhaço, com teatro de fantoches, parecendo ser o mais louco de todos os seres somente para mais uma vez não apenas dizer, mas fazer-te sentir que te amo. E com esse amor te fazer entender que buracos todos temos, mas que são as coisas boas que trazemos em nós que nos fazem passíveis da admiração de alguém. E se fui digno da sua, é porque algo de bom guardo em mim. Então olhe, sinta, queria, ame, pois posso não ter tudo o que desejas, mas tenho muito mais do que você esperava! Quero ainda fazer minha luz se unir a sua e juntos iluminar-mos as trevas que nos cega. O que mais preciso fazer para que você enxergue que quando disse que me amava não estava somente envolta em ternura? Mas sim sentia também a verdade no amor que queimava teu corpo como chama e te tornava leve como pluma, amor que teimava em querer dormir no dia seguinte, mas que nunca abandonou a cama que fizera em teu coração. Ó Aline, nome simples e único, tal como a qual que lhe carrega, desperte este amor que dentro de ti há por esse rapaz que não mede esforços para ter a graça de te ter com ele por toda vida, acorde-o e não o deixe mais dormir, pois é nele que vive toda a ternura que te faz ser a pessoa mais amável desse mundo. Aquela que me conquistara com sorrisos e gentilezas, mas que no fim me fez amar-te e querer-te pela forma como você me amava e me queria. Aline de verso simples, pelo avesso e direito, te quero em todo momento e em toda cor, quero descobrir o caminho para chegar à cama onde deita o teu amor por mim e ajudar-te a desperta-lo para que ambos sejamos mais felizes. Sei que embora tua boca diga algo é em teu coração que acredito e é o que ele diz que eu ouço. Aline, dê a mim valor de rei, pois a ti tenho rainha, não me transforme em bobo da corte ou em palhaço triste, pois não quero ser coadjuvante em teu caminhar, quero ser aquele que caminha ao teu lado com braço forte e peito aberto para enfrentar o que for preciso para nunca deixar de ser seu.
Assinado, o mais feliz entre os tristes.
Obs: O nome Aline foi usado apenas para preservar a real identidade da inspiradora dessa obra.
Ah, meu caríssimo...que lástima a perda de um amor. Que dor imensa pode existir dentro de um vazio...não sei se é pior ou melhor que ser abstrato: amar e não dizer a ninguém pra não sofrer a perda ou ainda dizer à pessoa e ela ignorar esse fato. Dizem que tudo passa, mas essa dor deixa uma cicatriz tão grande, que eu acho difícil...toda vez que vc olhar vc vai lembrar e vai doer novamente. Belo e triste texto.
ResponderExcluir