Rio & Cultura

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terça-feira, 31 de maio de 2011

Rules for an ideal world

1. When people said “I Love you” this should last forever.
2. Mothers should never die.
3. Money should never be more important than feelings.
4. People should be free to believe in what they want without being criticized for that.
5. Sex should not be a sin, but just a way of telling a special person how much you love her.
6. People should work to live, not live to work.
7. People should spend more time with the ones they love and less with their bosses.
8. Schools should teach people how to think, not just make us memorize equations we will never use.
9. Words should never be used to hurt people; for doctors can repair broken bones, but no one can heal the wounds you carry on your heart.
10. Love should be a reality that we live every moment, not simply a fairytale we see on the movies.

Regras para um mundo ideal

1. Quando as pessoas dissessem “Eu te amo” o sentimento deveria durar para sempre.
2. Mães não poderiam jamais morrer.
3. Dinheiro jamais poderia ser mais importante que sentimentos.
4. Todos deveriam ser livres para acreditar naquilo que quisessem sem ser criticados por isso.
5. Sexo não deveria ser um pecado, mas apenas uma forma de mostrar para uma pessoa especial o quanto nós a amamos.
6. As pessoas deveriam trabalhar para viver, não viver para trabalhar.
7. As pessoas deveriam passar mais tempo com aqueles que amam e menos com seus chefes.
8. Escolas deveriam nos ensinar a pensar, não apenas nos fazer memorizar equações que jamais usaremos.
9. Palavras jamais deveriam ser usadas para ferir alguém, pois médicos podem consertar ossos quebrados, mas ninguém pode curar as feridas que carregamos em nossos corações.
10. O amor deveria ser uma realidade vivida a cada momento, não apenas um conto de fadas que vemos no cinema.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Picadeiro (quando o palhaço chora)

A arte de todo palhaço está em fazer rir a multidão que lota o circo. Algumas pessoas ali, já felizes buscam apenas mais um momento de alegria, outras pinceladas com o a cor negra da tristeza procuram alguma razão pra voltar a sorrir. Lá no centro, alvo de todos os olhares está o palhaço, o verdadeiro artista da alegria. Todos na platéia já sabem que em algum momento ele dará um chute nas nádegas de outro palhaço, que se espatifará no chão e que também irá esguichar água no rosto de alguém usando a rosa que leva em seu bolso. A verdadeira graça não está nas coisas que o palhaço faz, mas sim em como ele faz. Ele é o verdadeiro artista que faz a mesma coisa todos os dias com a mesma paixão e vontade de fazer rir como se fosse a primeira vez. O palhaço anima o circo, ele vive o circo, ele é o circo.
Mas o que acontece quando a chama ardente leva embora o sonho feito de lona? Quando o picadeiro torna-se uma lembrança, quando as luzes que iluminavam o palhaço podem ser vistas apenas em seus sonhos, quando as palmas e gargalhadas durante o espetáculo tornam-se desejos e não mais realidade é quando o palhaço gentilmente tira a maquiagem de seu rosto e deixa mostrar o homem que ali habita. O que antes fora uma pintura perfeita rapidamente se torna apenas um borrão que com mais algumas passadas do algodão magicamente some e leva consigo toda cor do palhaço. Sem circo onde atuar nem multidão para aplaudir o palhaço deixa uma lágrima escorrer de seus olhos e como um rio que encontra o mar ela faz seu caminho por entre as rugas daquele rosto até tocar o chão. Triste lágrima aquela, tão pequena que cabe na ponta de um dedo, mas com uma tristeza que só quem a despejou sabe o tamanho que tem. Sem circo não há alegria, não há aplausos, não há arte, não há vida.
Às vezes em meus momentos loucos de solidão, sentado no meu picadeiro vazio me pergunto quantos de nós somos hoje palhaços a chorar. Me pergunto quantos de nós vimos há dias, meses ou anos os nossos circos se deixarem levar pelas chamas do tempo, da rotina, do cansaço, da falta de dedicação, da falta de vontade, da falta de amor. Nossos circos que antes eram nossos portos seguros contra a tempestade agora são apenas uma imagem linda e saudosa que habita em nossas mentes e traz sentimentos maravilhosos em nossos corações. Quantos de nós queríamos pelo menos por mais uma única vez poder ter o direito de um espetáculo final com a casa cheia, só mais uma cena, só mais uma noite para fazermos de novo aquilo que sempre fizemos tão bem. Apenas mais uma chance para sermos mais artistas e menos lágrimas. Mas o grande senhor da vida não nos deixa jamais voltar e dar um último espetáculo, pois cada momento é único e talvez por isso a saudade seja tão mais pesada que o mar.
Quando as chamas consomem o sonho e o transformam em fumaça leve que é levada com o vento, o que resta a nós palhaços é mais uma vez fazer as malas e seguir em frente deixando para trás uma lágrima de cada vez; seguir em frente com a esperança de que um dia possamos novamente ter o nosso circo de volta e enfim voltarmos a ser felizes.

sábado, 21 de maio de 2011

Paroles

Por vezes tão belas e tão vazias, em outras voltas do ponteiro tão feias e cheias de significado. Em momentos sublimes de amor, despidas como os corpos simplesmente se deixam falar. Palavras, nada mais que palavras. A forma mais usada por todos nós para revelarmos ou escondermos aquilo que se sente. Muito mais que letras em um pedaço de papel ou caracteres em um mundo virtual, as palavras são um mundo em si mesmas. Podem existir na contraditória eloqüência do silêncio assim como podem nadar dizer por mais que milhares delas sejam usadas. Elas podem ferir sem macular a pele e também podem fazer brotarem lágrimas que não conhecem a tristeza.
Talvez tenha sido justamente por causa da inconstância das palavras que elas hoje vivam ao meu lado, pois somente elas seriam capazes de acompanhar e entender minha mente tempestuosa. Companheiras perfeitas para uma mente imperfeita, repouso para um coração por horas aflito.
Elas foram chegando devagar, tomando conta de meus dedos e os fazendo escrever. Foram pouco a pouco fazendo de minha mente sua morada e quando abri meus olhos me vi rodeado por elas. Estava eu mergulhado em um mar de palavras sem colete ou bote salva vidas, submerso entre letras, pontos e sinais, encharcado até a alma de todos seus significados. Com elas aprendi a conviver e fiz delas minhas amigas, usei-as para construir pássaros que me libertavam do solo e me levavam para além do horizonte. Com as palavras criei asas, libertei meus pensamentos, transformei o subjetivo em concreto e espalhei as sementes do amor por mais do que somente os cantos do meu próprio ser.
Através das palavras pude plantar e colher sorrisos, pude acalentar corações e também pude fazer sonhar algumas mentes que até então só sabiam o que era estar acordadas. De outra forma também, por elas expressei minha raiva, minha tristeza, meu descontentamento, fui capaz de ferir e magoar, fui capaz de dar vida ao Mr. Hyde que havia dentro de mim. É certo que isso é algo do qual não me orgulho, mas isso só mostra que as palavras são capazes de dar vida ao que se julga morto ou até mesmo àquilo cuja existência não há.
Sou grato às palavras, pois sem elas eu seria apenas metade do que sou e espero continuar por toda minha vida cercado por essas belas e voláteis companheiras, porque quero retribuí-las por tudo que fizeram por mim levando-as também para lugares onde jamais imaginaram estar.

Obrigado, palavras!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

As correntes da exatidão

Um dia o homem começou a se perguntar sobre o porquê das coisas, começou a querer descobrir por que o céu e o mar eram azuis, por que a maçã caía das árvores; foram incontáveis os porquês. Até que em um dia inspirado ele descobriu que um mais um era dois, pior que isso, ele descobriu que um mais um sempre seria dois. Naquele momento o homem descobriu a exatidão e desde então o começou a persegui-la com afinco. Aquilo que não era exato já não fazia mais sentido e aquilo que era inexplicável não podia mais ser aceito.
No dia em que o homem descobriu que um mais um era igual a dois ele aprisionou muitos de seus semelhantes com as correntes invisíveis da exatidão, ele tornou muitos de nós escravos, seres humanos que perderam o direito da liberdade do fazer e do pensar. Ele nos tornou filhos de uma geração que não sabe mais voar nas asas do nosso pensamento porque nos fizeram acreditar que a vida não é poesia, mas sim matemática.
Daí então começamos a ouvir explicações sobre tudo. Nos disseram que o sol é um estrela, mas esqueceram de nos pedir para dizer o que sentimos quando o astro rei se deixa esconder atrás do horizonte. Nos disseram que um mais um é igual a dois, mas esqueceram de dizer que em um relacionamento um mais um pode ser três, quatro, cinco e que essa soma irá gerar infinitas lembranças e sentimentos muito maiores que a língua poderá jamais ser capaz de expressar. Nos disseram que a lógica da vida é nascer, crescer, reproduzir, envelhecer e morrer, mas esqueceram de dizer que as coisas das quais mais nos lembraremos e que mais nos farão sorrir serão justamente aquelas que fizemos sem lógica ou razão alguma, pois a vida não requer lógica para ser vivida.
A vida nunca foi nem jamais será uma fórmula matemática ou uma equação onde tudo se encaixa perfeitamente e no final temos um único resultado possível. A vida é cheia de variáveis, repleta de” X” e em sua essência jamais nos obrigou a fazer somente aquilo que julgamos racional, pois a vida está tão distante da exatidão como as palavras estão distantes dos sentimentos. Então é hora de esquecermos o que nos foi ensinado e assinarmos nossas cartas de alforria que nos libertará das amarras do exato. É chegada à hora de arrebentarmos os portões, quebrarmos as correntes e voarmos nas asas do ilógico, do irracional, é hora de nos perdermos no labirinto de tudo que nos foi dito para que possamos nos encontrar em nós mesmos. É hora de desaprendermos a andar com os pés da razão para que possamos reaprender a voar com asas do coração.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A ignorância é uma bênção

Olha que beleza de presente foi me dado, uma venda multicor que não deixa a verdade macular minha mente.

Tenho todas as palavras e nenhum pensar, leio tudo que está escrito nas paredes que me cercam, mas nunca aprendi a escrever.

Sou sábio como poucos e a cultura me transborda. Uma biblioteca enorme sobre meu pescoço e uma certeza burra que me amarra.

Conheço todas as mentiras da história e nelas acredito piamente. Jamais duvidarei de nada que me dizem, pois com certeza quem levanta a voz e diz é porque sabe muito mais do que eu.

Nunca me atreverei a atravessas as portas que vejo, tampouco quero saber o que há além delas. É muito melhor viver no meu mundo criado por quem me manipula a lutar contra aqueles que me dizem no que devo acreditar.

É melhor viver uma mentira gentil do que viver a realidade fria. É melhor viver sonhando do que sonhar vivendo.

A ignorância é a maior de todas as bênçãos, pois não há dor quando não conhecemos nossas mazelas. Não há o que se perder quando de fato nada do que temos é nosso.

A ignorância é a maior de todas das bênçãos e o real saber é a liberdade envolta em espinhos. A ignorância nos encarcera em alegria enquanto a realidade não tem medo de dizer quem é.

A ignorância é o comodismo que nos cega e a busca pelo conhecimento é a dor que nos liberta.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A inteligência (texto 2)

Os animais mostram seus dentes, rosnam, levantam as orelhas, ficam de pé para parecerem maiores ou usam qualquer outro artifício para intimidar outro animal. É claro que eles precisam disso, pois não tem a capacidade de falar como nós humanos temos. Mas nos tempos das cavernas quando nós ainda não éramos inteligentes o suficiente para desenvolver a fala será que nosso comportamento no mundo se diferia do comportamento que a maioria dos animais tem até hoje?

Se não fossemos inteligentes o suficiente para construir muros em volta de nossas casas, para criarmos a monogamia, para inventarmos os super-mercados e principalmente para falar, como será que viveríamos?

Olhando para o passado pré histórico da raça humana e olhando para as outras espécies ao nosso redor é possível e bem aceitável imaginar que se não fosse pela inteligência o comportamento de ataque e também de defesa mais comum e também mais efetivo que poderíamos usar seria a violência. Isso nos faz acreditar que a essência real do homem é uma essência violenta e que isso faz parte do DNA humano. A inteligência nos possibilitou falar e usar outros meios que não fossem a força para conseguir aquilo que queríamos e também nos tornou capazes de viver de forma “harmônica” em sociedade. Porém, se pararmos para imaginar vários momentos em que o homem perde a razão e deixa de ser controlado pela inteligência, sua essência violenta se mostra e o homem revela do que é realmente feito. Em uma partida de futebol, por exemplo, não razão ou matemática que explique alguém torcer pelo time A ou B, então quando um dos times perde muitos homens deixam a inteligência de lado, soltam o freio que os mantém educados e polidos e se deixam tomar pela essência animal e violenta que vive neles. Pronto, a receita perfeita para a guerra está criada. Outro bom exemplo que aconteceu bem recentemente foi a forma como a população estadunidense comemorou a morte de Bin Laden. Vamos parar e pensar. Quantos deles pararam em algum momento para refletir sobre o porquê de Osama Bin Laden ter se rebelado contra os Estados Unidos? Quantos tentaram entender porque ele fez o que fez e achar um culpado por aquilo? Não estou aqui sendo advogado de Bin Laden, mas quero apenas mostrar que naquele momento raras foram as pessoas que pararam e tentaram achar alguma RAZÃO para Bin Laden ter feito o que fez. A maioria foi para as ruas, se pendurou em postes, bebeu, cantou e muitos deles queriam ter eles próprios atirado no terrorista e tê-lo visto agonizar até a morte. Mais uma vez um exemplo claríssimo de que quando a inteligência se esquece de reger o homem, volta à tona todo seu comportamento animal e violento, é como se ela não fosse nada além da camisa de força que prende os braços de um louco.

Isso nos faz acreditar que na verdade o homem não seja um ser pacífico que sabe viver em sociedade, na verdade o homem é um ser de guerra que aprendeu a viver em sociedade por causa da inteligência que adquiriu ao passo da evolução. Contudo, a inteligência ainda não se desenvolveu o suficiente para controlar sentimentos de raiva infundados, ela ainda parece ser um vidro muito escuro e fino que quando quebrado revela a verdadeira face do homem.

sábado, 7 de maio de 2011

A inteligência

O que separa os homens do resto dos animais é com certeza a inteligência, pois embora seja cientificamente provado que alguns deles tenham algum tipo de inteligência, nenhum deles a tem de forma tão evoluída como o homem. Mas ultimamente assistindo a tudo que acontece no mundo e também ao meu redor me pergunto se deveríamos de fato chamar isso que temos de inteligência. Acho que o nome certo deveria ser burrice! Pois, paremos para refletir apenas por um minuto. Os animais vivem todos em paz apenas matando para comer, vivem harmonicamente em sociedade sem governantes, sem regras escritas, se locomovem por seus próprios meios e isto vem dando certo desde que o mundo é mundo. Agora vejamos o homem. O homem usa sua brilhante inteligência para estabelecer leis e vai ainda além para achar uma forma de burlá-las, cria animais para usá-los como alimento e mata outros animais e até mesmo outros homens movidos pela raiva e por não poucas vezes pelo simples prazer de matar seu semelhante. Usam a inteligência para criar carros com cada vez mais cavalos de potência, uma forma mais rápida e cara para nos levar para o céu, inferno, outro plano ou qualquer outra coisa que você acredite. O fato é que desde o início o homem usou a inteligência de forma egoísta invés de pensar nela de uma forma global, criou indústrias poluidoras pensando em lucro, mas sem pensar no futuro, criou armas buscando proteção, mas não pensou que a mesma arma que ele usa para matar pode matá-lo no futuro, criou meios na sociedade de separar ricos e pobres, manipuladores e manipulados, mas esqueceu que quando estamos sete palmos sob a terra nenhum de nós passa de comida para vermes. Somos todos corpos fétidos e putrefatos, a imagem perfeita da decadência humana.
É certo que alguém que ler esse texto irá pensar “nossa, mas a humanidade também criou a medicina, a tecnologia, muitas coisas boas” e eu concordo com vocês, mas quando olhamos para o planeta e para a forma de vida que levamos hoje é claro ver que há muito mais coisa errada do que certa aí fora. Pelo menos eu não acho que seja normal que paguemos por um seguro para nossos carros com medo de tê-los roubados, tampouco acho necessário polícia e cadeia já que se somos tão infinitamente inteligentes deveríamos saber por nós mesmos separar o certo do errado, muito menos vejo necessidade de leis que digam aquilo que podemos fazer ou não ou órgãos controladores, pois também deveríamos ser capazes de nos ordenar sem eles.
Por isso tudo penso que a inteligência seja a pior coisa que carregamos em nós, pois sentimentos todos nós temos, mas por causa de inteligência somos capazes de criar aquilo que põe para fora todos nossos sentimentos, sejam eles luz ou trevas, e infelizmente todo homem carrega em si as duas coisas, mas parece guardar o que tem de bom para não parecer frágil e mostra tudo que tem de ruim para parecer forte. É uma luta insana em que diferente do que se mostra nos contos de fada nem sempre o bem vence.
Termino refletindo um pouco sobre uma citação de Oscar Wilde, ela diz: “Penso que Deus, quando criou o homem, de alguma forma superestimou Sua habilidade”. Por vezes penso sobre essa frase e infelizmente cada vez ela faz mais sentido para mim, por que penso onde Deus estava com a cabeça quando decidiu criar raça tão falha, mesquinha, egoísta e pequena. Penso como Deus em toda sua onisciência teve coragem de criar essa raça e colocar nesse mundo já sabendo de toda destruição e violência que geraríamos. Penso como Deus pode deixar que homens matassem outros homens, criação dEle, em Seu próprio nome. Penso no que Deus pensou quando deu inteligência para quem jamais será capaz de fazer bom uso dela.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

All you need is love


Há não muito tempo os Beatles cantavam para os quatro cantos do mundo que tudo que você precisa é amor (All you need is Love), o tempo passou e hoje mais do que nunca essa frase faz muito sentido. Seria realmente maravilhoso se todos nós precisássemos apenas de amor, assim haveria mais compaixão, mais respeito, mais valores no mundo e muito menos dor. Contudo, parece que poucas pessoas ouvem Beatles, ou muito pior que isso, hoje em dia amor não é tudo que precisamos mais. A medicina evolui, a tecnologia evoluiu, evoluíram também os empregos e é lógico que com tudo isso “evoluiu” também a humanidade.
Hoje em dia para muitos de nós amor não é tudo que precisamos. Na verdade, para muitos amor nem é algo que se precise, pois amor demanda tempo e dedicação e como o ritmo de vida se torna cada dia mais frenético é muito mais simples “comprar” o “amor”, pois se tudo é comercializado hoje, então porque o amor também não seria?
Nos tempos de hoje tudo que precisamos é status, poder, carros, roupas caras, bolsas caras, smartphones e Ipods. O amor tornou-se ator coadjvante, o principal é sermos melhores um que os outros, sempre. Mas, será que algum dia essa raça “tão evoluída” que somos irá perceber que sempre haverá alguém melhor que nós e que essa corrida pelo primeiro lugar só nos tira tudo aquilo que de fato importa para nós? São tantas as necessidades que nós mesmos impomos ao nosso dia-dia que deixamos de ver como é belo um pôr de sol, deixamos de ver nossos filhos crescerem, deixamos de pensar por nós mesmo e acreditamos em tudo que é dito ou escrito por algum pseudo-sábio. Deixamos de sonhar, dádiva que somente nós humanos temos, e ao invés disso preferimos agir e viver como máquinas querendo cada vez mais trabalho para sermos cada vez “melhores”. Melhores em que? Não se sabe e talvez nunca será sabido. Enquanto essa luta incessante acontece lá fora sobram farpas, faíscas, lascas de espadas que acertam um ou outro na busca para ser o melhor. Sobra dor, angústia e desapontamento para todos os lados e para aqueles que ainda acreditam e vivem aquilo que os Beatles cantavam sobra a tristeza de procurar algo que se torna cada dia mais escasso. Sobra a dor da solidão, a incompreensão, sobra a sensação de viver sozinho em um mundo onde já não há mais espaço para o amor. Amor, quem sabe o que será desse sentimento..será que um dia ele voltará triunfal como deveria ser ou se tornará apenas mais um item folclórico na estante da evolução humana?

No início éramos perfeitos, simples e vivíamos a vida da forma que tinha de ser vivida, mas o tempo passou e nos tornamos inteligentes e hoje a inteligência parece ser a maior tolice que carregamos.

A humanidade

Ah...a humanidade, a maior de todas as criações divinas ou o símbolo máximo da evolução das espécies. Somente a humanidade é capaz de fazer caber em si adjetivos tão diferentes uns dos outros. A humanidade, a mais brilhante das luzes e a mais negra das sombras.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ele disse tudo

Essa noite colocarei aqui algo que não fui eu quem escreveu, mas que merece lugar aqui porque diz muito daquilo que acredito. Quem escreveu foi John Lennon, uma das pessoas que mais me inspira na vida por causa de seus ideais e crenças. Boa leitura para todos!









"Fizeram a gente acreditar"

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar.
(John Lennon)

domingo, 1 de maio de 2011

Eu te amo

É ouvindo "A whiter shade of pale" que começo minha escrita de hoje. O notebook que geralmente uso para escrever está quebrado, então me vejo forçado a escrever em um outro computador com teclado duro, algumas teclas que custam a apresentar na tela a letra que digito, mas por você vale todo o esforço. Essa é também é a primeira vez que escrevo para você, pois hoje não quero escrever para uma "ela" que poderia ser qualquer pessoa, hoje eu quero escrever para você(*) Não é um texto de reconquista, não é um texto para dizer o quanto gosto de você, é um texto que quero que seja lido por você e interpretado da forma que você quiser, um texto sem rótulos.

Tudo começou com um olhar, um sorriso, com o som gostoso da sua risada a o branquinho dos seus dentes contornados pelos seus macios lábios. Foi assim que me apaixonei por você. Naquela tarde em algum dia de 2007 minha mente foi tomada por você. Mal podia imaginar que muito em breve você também transformaria meu peito em seu lar. Depois te vi me ensinar a dançar, te vi dançar, te vi aprender, te vi esperar, te vi cantar, reclamar, me senti abraçar, me senti esquentar, me senti chorar e me vi querer. Eu não conseguia entender, porque você não era o meu "perfil ideal", mas nossa...o amor é mesmo algo que não se explica. Você era doce, era madura, me tratava bem, me conquistava com sua voz e com cada gesto novo seu que eu descobria a cada novo dia que nascia. Engraçado pensar que um dia vendo você sentada em um banco e dizer uma frase que nunca esquecerei eu pensei comigo mesmo: "se tivesse uma chance, eu te mostraria o que é o amor". Entretanto, depois de tudo que vivemos quem de fato me mostrou o que é amar foi você(*) Pois, para mim era fácil amar você. Eu já te admirava, já babava cada vez que te via passar, já vivia lembrando daquele simples, mas....m.a.r.a.v.i.l.h.o.s.o. abraço que você me deu. Mas você sim, você me mostrou todo o seu verdadeiro amor quando mudou toda sua vida pra me ter ao seu lado. Você me amou quando viu sua vida tomar todo um novo rumo e mesmo assustada sentir que valia a pena. Eu penso que essa seja uma das maiores demonstrações de amor que alguém pode dar. E assim eu fui cada dia me apaixonando mais e também mudando minha vida cada dia mais, sempre para te traze um novo sorriso, um momento de alegria, um momento de amor e de paz. Quis te ajudar, quis estar ao seu lado, me reinventei como pude para sempre te ver feliz! Mas quem se reinventa corre o risco de errar, e assim eu errei:( Errei muito, mas tentei, pelo menos eu sei que tentei.

Você mudou minha vida! Eu era uma alpinista com todos os equipamentos, mas que tinha medo de começar a subir a montanha, mas você foi a mulher que a maioria dos grandes homens tinham e eu sempre quis ter. Você me ensinou a ter coragem, você me deu um motivo para subir aquela montanha e da forma mais incrível que uma grande menina podia fazer você me mostrou que eu era capaz e me colocou onde cheguei hoje. Sei que ainda posso ir muito mais longe, mas se não fosse por você e pelo cuidado e zelo que você tem comigo eu jamais chegaria onde estou. Nesse lugar, muito longe de onde comecei, tão longe que nem consigo mais ver onde meus passos me levariam de volta. Você foi um tornado que veio desconstruindo minhas fracas construções e me fez construir outras muita mais firmes e sólidas, ao mesmo tempo você foi a brisa que trouxe as sementes das mais belas flores para que essas nascessem em meu jardim e me fizessem lembrar a cada novo dia o quanto a vida era bela. Você foi aquela força que me fazia acreditar mesmo quando tudo era desfavorável, você foi a única pessoa que me mostrou que quando de fato acreditamos de todo nosso coração até as coisas impossíveis tornam-se possíveis. Você me mostrou que aquele ditado que diz que quando acaba o dinheiro o amor também acaba não passa de uma grande tolice, pois mesmo quando eu estava lutando para me reerguer e não podia te dar a vida que você merecia você ainda assim continuou ao meu lado. Você foi minha enfermeira, minha namorada, minha amiga, minha companheira, minha psicóloga, minha esposa, minha irmã e tudo mais que um homem precisa que uma menina seja em sua vida. Isso tudo que te escrevo é só para te dizer que por tudo que você fez para mim e que por tudo que você mudou em minha vida, eu jamais deixarei de amar você(*) Por tudo que você significa na minha vida, mesmo que por vezes eu possa me exaltar e dizer coisas das quais me arrependerei depois, na verdade eu nunca vou deixar de amar você. Você poderá contar sempre comigo, a qualquer hora do dia ou da noite, perto ou longe, não importando onde eu esteja eu sempre estarei ao seu lado. E para terminar, não se preocupe jamais em perder o amor que eu sinto por você, pois enquanto eu viver, e mesmo depois disso, onde quer que eu esteja meu coração ainda será seu. Para cuidar de você, para proteger você e para te ajudar a chegar onde quer que você queira.

Te amo e sempre te amarei!