Esse meu espaço é na verdade um lugar onde posso postar meu textos e pensamentos. O blog possui esse título porque acredito que o ponto final limita as palavras e sentimentos são muito maiores do que as palavras podem descrever, por isso às vezes não uso ponto final para que os sentimentos não se sintam acorrentados às limitações da gramática.
sexta-feira, 6 de maio de 2011
All you need is love
Há não muito tempo os Beatles cantavam para os quatro cantos do mundo que tudo que você precisa é amor (All you need is Love), o tempo passou e hoje mais do que nunca essa frase faz muito sentido. Seria realmente maravilhoso se todos nós precisássemos apenas de amor, assim haveria mais compaixão, mais respeito, mais valores no mundo e muito menos dor. Contudo, parece que poucas pessoas ouvem Beatles, ou muito pior que isso, hoje em dia amor não é tudo que precisamos mais. A medicina evolui, a tecnologia evoluiu, evoluíram também os empregos e é lógico que com tudo isso “evoluiu” também a humanidade.
Hoje em dia para muitos de nós amor não é tudo que precisamos. Na verdade, para muitos amor nem é algo que se precise, pois amor demanda tempo e dedicação e como o ritmo de vida se torna cada dia mais frenético é muito mais simples “comprar” o “amor”, pois se tudo é comercializado hoje, então porque o amor também não seria?
Nos tempos de hoje tudo que precisamos é status, poder, carros, roupas caras, bolsas caras, smartphones e Ipods. O amor tornou-se ator coadjvante, o principal é sermos melhores um que os outros, sempre. Mas, será que algum dia essa raça “tão evoluída” que somos irá perceber que sempre haverá alguém melhor que nós e que essa corrida pelo primeiro lugar só nos tira tudo aquilo que de fato importa para nós? São tantas as necessidades que nós mesmos impomos ao nosso dia-dia que deixamos de ver como é belo um pôr de sol, deixamos de ver nossos filhos crescerem, deixamos de pensar por nós mesmo e acreditamos em tudo que é dito ou escrito por algum pseudo-sábio. Deixamos de sonhar, dádiva que somente nós humanos temos, e ao invés disso preferimos agir e viver como máquinas querendo cada vez mais trabalho para sermos cada vez “melhores”. Melhores em que? Não se sabe e talvez nunca será sabido. Enquanto essa luta incessante acontece lá fora sobram farpas, faíscas, lascas de espadas que acertam um ou outro na busca para ser o melhor. Sobra dor, angústia e desapontamento para todos os lados e para aqueles que ainda acreditam e vivem aquilo que os Beatles cantavam sobra a tristeza de procurar algo que se torna cada dia mais escasso. Sobra a dor da solidão, a incompreensão, sobra a sensação de viver sozinho em um mundo onde já não há mais espaço para o amor. Amor, quem sabe o que será desse sentimento..será que um dia ele voltará triunfal como deveria ser ou se tornará apenas mais um item folclórico na estante da evolução humana?
No início éramos perfeitos, simples e vivíamos a vida da forma que tinha de ser vivida, mas o tempo passou e nos tornamos inteligentes e hoje a inteligência parece ser a maior tolice que carregamos.
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velho, arrepiei aqui agora !
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