Houve um tempo em que o cinema era mudo e o rádio ocupava lugar de destaque nas casas das famílias.
Houve um tempo em que acordos eram fechados com apertos de mãos e assinaturas eram meras formalidades.
Houve um tempo em que os beijos duravam menos, e os casamentos eram eternos.
Aqueles eram tempos em que cada objeto era uma obra de arte em si; eles possuíam almas, pois eram feitos pelas mãos suadas e calejadas de homens e não pela frieza de robôs com coração de aço.
Naquele tempo a informação não trafegava via satélite nem viagens intercontinentais eram feitas em asas de pássaros a jato, pois o homem não queria correr, ele queria simplesmente viver.
Naquele tempo não era preciso ter um haras sob o capô porque se o próprio tempo não se importava em correr, por que nós deveríamos?
Naquele tempo nasceu um mito que de tão especial nem precisou de um nome para chamar a atenção, bastava sua potência; 11cv.
E foi assim que mais uma vez a arte invadiu a vida e a deixou mais bela quando refletida na pintura que dançava com as curvas daquele carro.
Naquele dia mais uma vez uma empresa francesa mostrou ao mundo que carros não são apenas uma mistura de fórmulas matemáticas e desenhos funcionais numa folha de papel, mas sim a humana e pura créative technologie.
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