As religiões deveriam ser uma coisa boa, algo que construisse valores nas pessoas, que as fizessem agir de forma mais correta e evitar que elas ferissem seu próximo. Talvez as religiões sejam de fato algo bom, o problema está nas pessoas.
As pessoas não sabem seguir algo sem acabar se tornando fanáticas por isso. Somos fanáticos por cantores, por nossos amores, por times de futebol e muitas outras coisas. O problema do fanatismo religioso é que ele cega e faz com que esses fanáticos vejam os outros, aqueles que não dividem a mesma crença, como errados e muitas vezes até mesmo merecedores de pena de morte simplesmente por não dividirem a mesma crença. A crença fanática em uma religião gera intolerância, hipocrisia, desrespeito e acaba fazendo com que muitas religões nutram efeitos inversos aqueles que se propõe. O problema das religiões é que elas são criadas por homens e para piorar, são seguidas por homens.
Então, quando passo na frente de uma igreja e ouço um pastor que se esgoela como um galo ao amanhecer, não me sinto motivado a entrar, pois nunca soube de fãs de John Lennon queimando fãs de Justin Bieber vivos em uma fogueira, tampouco ouvi falar de Monet ou Picasso enviando cavaleiros em uma cruzada com o objetivo de converter admiradores de Toulouse de Lautrec ou Van Gogh. Porém, sei de uma igreja que levou mais de 400 anos para desculpar-se por ter tachado Cristóvão Colombo de louco por acreditar que a Terra era redonda, também sei de uma igreja que é intolerante ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e se esconde por trás de "ensinamentos de Deus" para justificar sua própria incapacidade de reconhecer que o amor não é limitado pelas barreiras do sexo.
Por isso não se espantem se eu admirar outras pessoas e não me importar por não ser um religioso, afinal de contas, é melhor seguir um homem sábio do que se deixar levar pela histeria de centenas de loucos.
Esse meu espaço é na verdade um lugar onde posso postar meu textos e pensamentos. O blog possui esse título porque acredito que o ponto final limita as palavras e sentimentos são muito maiores do que as palavras podem descrever, por isso às vezes não uso ponto final para que os sentimentos não se sintam acorrentados às limitações da gramática.
domingo, 12 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Gentileza de mãe
Mãe gentil em palavras em um hino, porém mãe ausente na realidade de uma vida.
Pergunto-me onde está sua gentileza quando saio de carro a noite e preciso de olhos de felinos para evitar cair dentro de um buraco.
Pergunto-me onde está sua gentileza quando adoeço e preciso pagar por um médico, pois você é incapaz de me fornecer um de qualidade.
Pergunto-me sobre o que você faz com os impostos altíssimos que te pago para que você cuide mim e você não cuida.
Mãe gentil, quando você deixará de ser apenas uma promessa e se tornará enfim minha mãe?
Pergunto-me onde está sua gentileza quando saio de carro a noite e preciso de olhos de felinos para evitar cair dentro de um buraco.
Pergunto-me onde está sua gentileza quando adoeço e preciso pagar por um médico, pois você é incapaz de me fornecer um de qualidade.
Pergunto-me sobre o que você faz com os impostos altíssimos que te pago para que você cuide mim e você não cuida.
Mãe gentil, quando você deixará de ser apenas uma promessa e se tornará enfim minha mãe?
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Esboço de um auto-retrato
Ele era uma mistura de negro com nordestino, com lábios carnudos e seus dentes anteriores bastante proeminentes. Também tinha a cor e cabelo do nordeste, traços clássicos seus que desenhavam suas formas e corriam em sua veias. Atrás do volante do seu carro, sentia-se como um playboy quando sozinho e um pai de família responsável quando ao lado de sua namorada. A imagem do que ele aparentava ser por trás de suas vestes comparada com a imagem do que ele realmente era o atormentava até o mais profundo do seu ser. Por fora, talvez ele fosse o rapaz bem de vida que dava dinheiro no sinal quando com um simples toque baixava o vidro de seu carro, por dentro era o cara ,que assim como Atlas, levava em suas costas o peso do mundo. Cada dia 15 era o dia da tristeza, era o dia de ver o dinheiro e as oportunidades passarem. Um pastel, uma coquinha, uma visita, tudo ficava distante. O carro ficava na garagem e o dinheiro em qualquer lugar, exceto em suas mãos. Ele era mais ou menos assim, alguém que usava óculos escuros e roupas sociais, que ensinava pessoas para que elas mudassem suas vidas, mas que apenas carregava o pessoa da sua própria.
O mendigo que falava inglês
Tantos dias, tantas situações adversas acontecendo e eu aqui.
O mendigo que falava inglês continuava a caminhar com seus pés sujos e barbas grandes, se vislumbrando com as vertiginosas retas da cidade e vivendo da caridade de bons corações. Ele pede um Real e ela dá. Ela é a moça rica que anda de taxi no centro do Rio e ele o bilingue sem dinheiro no banco nem no bolso, que anda com belas roupas para se enganar sobre o que realmente é.
O mendigo que falava inglês continuava a caminhar com seus pés sujos e barbas grandes, se vislumbrando com as vertiginosas retas da cidade e vivendo da caridade de bons corações. Ele pede um Real e ela dá. Ela é a moça rica que anda de taxi no centro do Rio e ele o bilingue sem dinheiro no banco nem no bolso, que anda com belas roupas para se enganar sobre o que realmente é.
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