Podemos pensar no amor como sendo um sentimento mutável que pode aumentar, diminuir, nascer, ser sufocado ou até mesmo morrer, porém o amor é um sentimento único e absoluto. O amor já está dentro de nós desde o dia em que nascemos, puro, verdadeiro, absoluto e único, esperando apenas o dia em que será despertado, mas jamais criado ou concebido como muitos pensam.
O amor não é como uma flor que precisa de água, luz, calor e cuidado; como uma flor que quando jovem é botão, mas que com o passar do tempo vai perdendo seu brilho e viço até que sua última pétala toque o chão. O amor é como uma rocha, rocha que vence o tempo e que existe por si só. O amor é rocha dura como diamante, é brilhante como um prisma que captura um simples e monocromático raio de luz e o transforma em arco-íris para que todos possam ver sua beleza. O amor é como uma rocha que não precisa de cuidados e que sempre existirá independente do tempo e do que aconteça ao seu redor.
O amor não é do tipo que presenteia por ter sido presenteado, que bem cuida por ter sido bem cuidado, que bem trata por ter sido bem tratado. Tampouco é do tipo que presenteia para ser presenteado, que bem cuida para ser bem cuidado, que bem trata para ser bem tratado. Fazemos isto por alegria, merecimento ou gratidão, mas jamais por amor. O amor não precisa de razões nem motivos para se expressar, ele se expressa pela simples alegria de existir.
O amor não se reformula, não muda de cor, na muda de capa nem de endereço. Tampouco pode ser morto, apenas fingi-se ter sido esquecido. Contudo o amor só pode ser despertado uma vez, apenas uma única vez. E se a vida em suas escuras veredas fizer o amor dormir, este poderá até o fim dos tempos assim permanecer, porém jamais há de deixar-se morrer.
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