Do nascer ao pôr do sol, mínimo é o tempo.
Mínimo é o tempo quando estou contigo.
Eternizo cada abraço, cada beijo e os guardo num lugar secreto em que te visito sempre que quero.
E é somente nesses lugares que posso te ter quando as necessidades do mundo se sobrepõe as necessidades da alma.
Nesse caleidoscópio feito de saudade os mais formosos coqueiros e a mais refrescante brisa tornam-se meras imagens e sensações quando estou longe de ti.
De outra forma, as mais corriqueiras e simples imagens ganham um novo brilho quando refletidas em teu olhar.
Nos meus dias sem você não falo línguas nem desafio o mar, nos meus dias sem você eu sobrevivo a saudade.
Esse meu espaço é na verdade um lugar onde posso postar meu textos e pensamentos. O blog possui esse título porque acredito que o ponto final limita as palavras e sentimentos são muito maiores do que as palavras podem descrever, por isso às vezes não uso ponto final para que os sentimentos não se sintam acorrentados às limitações da gramática.
sábado, 11 de maio de 2013
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Os pontos que escrevem
Cada pessoa é um ponto. As mais escandalosas, as mais vívidas, são como pontos de exclamação. Se fazem notar onde quer que passem e vivem a vida como se cada segundo fosse o único e o último.
Algumas outras são como vírgulas, sempre ponderando tudo, pausando sempre para analisar o que vem depois.
Há também os pontos finais, os dois pontos e tantos outros.
Eu sou como um ponto de interrogação, alguém que ainda não conhece seu completo potencial. Alguém que a cada dia descobre uma nova capacidade e por vezes um novo defeito, alguém que aprende através da tentativa e erro.
Para mim ela é como uma reticências, aquele tipo de pessoa da qual sempre podemos esperar algo mais, uma pessoa cujas ideias jamais tem fim. Ela é alguém que se renova, se reinventa, alguém que sempre que se vê obrigada a ir até seu limite descobre que ele ainda está um pouco mais além. A reticências não tem medo do que vem em seguida e por isso jamais para.
No dia em que nossas vidas se juntaram o mesmo aconteceu com nossos pontos. Ela passou a me ajudar em minhas descobertas e eu passei a auxiliá-la em sua caminhada. Ela começou a responder minhas perguntas e eu me tornei a mão que segura a dela e dá suporte para cada nova caminhada rumo ao desconhecido. Assim, misturando a minha interrogação com a reticências dela nós vamos escrevendo uma nova página a cada dia nesse nosso livro que teve seu início, mas que jamais terá um final.
A única certeza dessa história é que ela é tão linda e inacreditável que somente dois pontos tão diferentes poderiam ter sido capazes de escrever.
P.S. Texto dedicado a minha namorada.
Algumas outras são como vírgulas, sempre ponderando tudo, pausando sempre para analisar o que vem depois.
Há também os pontos finais, os dois pontos e tantos outros.
Eu sou como um ponto de interrogação, alguém que ainda não conhece seu completo potencial. Alguém que a cada dia descobre uma nova capacidade e por vezes um novo defeito, alguém que aprende através da tentativa e erro.
Para mim ela é como uma reticências, aquele tipo de pessoa da qual sempre podemos esperar algo mais, uma pessoa cujas ideias jamais tem fim. Ela é alguém que se renova, se reinventa, alguém que sempre que se vê obrigada a ir até seu limite descobre que ele ainda está um pouco mais além. A reticências não tem medo do que vem em seguida e por isso jamais para.
No dia em que nossas vidas se juntaram o mesmo aconteceu com nossos pontos. Ela passou a me ajudar em minhas descobertas e eu passei a auxiliá-la em sua caminhada. Ela começou a responder minhas perguntas e eu me tornei a mão que segura a dela e dá suporte para cada nova caminhada rumo ao desconhecido. Assim, misturando a minha interrogação com a reticências dela nós vamos escrevendo uma nova página a cada dia nesse nosso livro que teve seu início, mas que jamais terá um final.
A única certeza dessa história é que ela é tão linda e inacreditável que somente dois pontos tão diferentes poderiam ter sido capazes de escrever.
P.S. Texto dedicado a minha namorada.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Quem foi que disse que o amor?
Se te disseram ou te mostraram que o amor é um mar de rosas, peço a ti que, por favor, não acredite nisso. Amores descritos como nos contos de fadas não existem além do mundo fantasioso das mentes daqueles que os escreveram. O amor na vida real é feito sim de momentos felizes que se eternizam em memórias inesquecíveis, mas é feito também de momentos não tão agradáveis. No amor, em um relacionamento sério, verdadeiro e compromissado, existirão brigas, desentendimentos, discussões, pois se nós humanos somos complexos ao ponto de passar a vida sem entendermos a nós mesmos, querer acreditar que vamos entender completamente nosso parceiro é gerar em nós mesmos uma cobrança sobre algo que jamais poderemos alcançar. Contudo, quando esses desentendimentos ocorrerem, se no relacionamento houver de fato amor, ele sempre triunfará e esta será a prova de que um casal de fato se ama, não apenas se gostar. O gostar é um sentimento simples e superficial, o gostar se encanta somente pelos bons momentos e não é capaz de lidar com os maus. Um relacionamento que se baseia no simples gostar está fadado ao fracasso, pois ninguém jamais foi e jamais será perfeito, então ao primeiro deslize o gostar morre e arranja algo novo para se tornar vivo mais uma vez. Já o amor, por outro lado, é um sentimento tão maior que compreende as falhas do outro e muito além de somente compreender, precisa do outro de forma completa, ou seja, com suas qualidades e defeitos. O amor é o desejo de estar perto da pessoa amada mesmo quando estamos com raiva, pois ela é a parte de nós que nos completa, que nos faz sermos melhores. O amor é a vontade de beijar mesmo quando achamos que queremos distância daquela pessoa. O amor é o sentimento que tolera, é a mão que a calma, é a vontade de querer cuidar do outro às vezes até mais do que cuidamos de nós mesmos. O amor é a inconstância que se faz tão necessária para o viver como é o ar para o sobreviver.
Então, não sonhemos nem busquemos a perfeição, mas abramos nossos corações para viver a realidade nem sempre tão calma, mas em seu todo maravilhosa de amar alguém.
Então, não sonhemos nem busquemos a perfeição, mas abramos nossos corações para viver a realidade nem sempre tão calma, mas em seu todo maravilhosa de amar alguém.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Antônio Conselheiro
Aquele era o homem e aquela era a terra, terra dos escravos recém libertados, terra dos flagelados, dos filhos da desigualdade. Diversas cores e histórias se misturavam na "terra prometida". O "Bom Jesus" trazia ao povo o alento, o sustento, a ajuda e a igualdade que o sistema esquecera que existia. Nas terras de Morais o dinheiro era o imperador, nas terras de Conselheiro todos viviam pela fé. O sonho de um mundo novo e livre germinava nas terras da opressão.
Mas o sistema é como uma locomotiva feita de aço e movida pelo vapor do capitalismo e do poder, um trem que não pode parar por nada e que atropela e esmaga tudo que estiver em seu caminho.
Os ideais alimentaram a força da resistência conselheira, mas não foram páreo para o fogo e as balas, muito menos para a necessidade do sistema de aniquilar tudo que não esteja subordinado à ele. E assim, Canudos e seu líder entraram para história quando a terra dos sonhos sucumbiu à realidade.
Mas o sistema é como uma locomotiva feita de aço e movida pelo vapor do capitalismo e do poder, um trem que não pode parar por nada e que atropela e esmaga tudo que estiver em seu caminho.
Os ideais alimentaram a força da resistência conselheira, mas não foram páreo para o fogo e as balas, muito menos para a necessidade do sistema de aniquilar tudo que não esteja subordinado à ele. E assim, Canudos e seu líder entraram para história quando a terra dos sonhos sucumbiu à realidade.
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