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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Quem foi que disse que o amor?

Se te disseram ou te mostraram que o amor é um mar de rosas, peço a ti que, por favor, não acredite nisso. Amores descritos como nos contos de fadas não existem além do mundo fantasioso das mentes daqueles que os escreveram. O amor na vida real é feito sim de momentos felizes que se eternizam em memórias inesquecíveis, mas é feito também de momentos não tão agradáveis. No amor, em um relacionamento sério, verdadeiro e compromissado, existirão brigas, desentendimentos, discussões, pois se nós humanos somos complexos ao ponto de passar a vida sem entendermos a nós mesmos, querer acreditar que vamos entender completamente nosso parceiro é gerar em nós mesmos uma cobrança sobre algo que jamais poderemos alcançar. Contudo, quando esses desentendimentos ocorrerem, se no relacionamento houver de fato amor, ele sempre triunfará e esta será a prova de que um casal de fato se ama, não apenas se gostar. O gostar é um sentimento simples e superficial, o gostar se encanta somente pelos bons momentos e não é capaz de lidar com os maus. Um relacionamento que se baseia no simples gostar está fadado ao fracasso, pois ninguém jamais foi e jamais será perfeito, então ao primeiro deslize o gostar morre e arranja algo novo para se tornar vivo mais uma vez. Já o amor, por outro lado, é um sentimento tão maior que compreende as falhas do outro e muito além de somente compreender, precisa do outro de forma completa, ou seja, com suas qualidades e defeitos. O amor é o desejo de estar perto da pessoa amada mesmo quando estamos com raiva, pois ela é a parte de nós que nos completa, que nos faz sermos melhores. O amor é a vontade de beijar mesmo quando achamos que queremos distância daquela pessoa. O amor é o sentimento que tolera, é a mão que a calma, é a vontade de querer cuidar do outro às vezes até mais do que cuidamos de nós mesmos. O amor é a inconstância que se faz tão necessária para o viver como é o ar para o sobreviver.
Então, não sonhemos nem busquemos a perfeição, mas abramos nossos corações para viver a realidade nem sempre tão calma, mas em seu todo maravilhosa de amar alguém.

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