Esse meu espaço é na verdade um lugar onde posso postar meu textos e pensamentos. O blog possui esse título porque acredito que o ponto final limita as palavras e sentimentos são muito maiores do que as palavras podem descrever, por isso às vezes não uso ponto final para que os sentimentos não se sintam acorrentados às limitações da gramática.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
A visita de Caronte
Dia 2 de fevereiro
Nunca vou me esquecer daquele dia 2 de fevereiro de 2012, meu dia havia sido um dia daqueles! Fui acordado pelo telefonema de minha namorada que dizia precisar de mim, queria conversar sobre algo que a estava incomodando. Eram 10:42 da manhã quando o celular tocou e lembro-me que naquele exato momento estava pensando que se eu levantasse em no máximo mais 5 minutos poderia ir buscá-la em seu estágio, mas parece que ela leu minha mente e antecipou as coisas saindo de lá mais cedo e me ligando para encontrar comigo. Assim que acabamos de nos falar escovei os dentes, peguei uma camisa sem manga e depois de dar alguns cinco minutos de atenção para minha mãe e irmão, algo que não fazia já há poucos dias, saí ao encontro dela. Era um encontro bastante ansiado por mim, uma vez que quando se trabalha embarcado cada dia em terra deve ser muito bem valorizado. Infelizmente, porém, o encontro foi catastrófico e mais uma vez nós brigamos. Nossa, como aquelas brigas me incomodavam. Eram brigas por motivos e razões simples, mas que na mente dela faziam todo sentido. Jamais consegui compreende-la e aquilo acabava comigo por dentro ao ponto de isso somado a mais todos os outros problemas ter me feito pensar por várias vezes que a única solução, e também a melhor, seria o descanso final, pois só ele traria a paz que tanto buscava. Eu não gostava do meu emprego, não gostava da saudade que ele me causava, não tinha paz ao ver meu cheque especial ser usado mês após mês, não tinha paz por não mais conseguir pagar nada a mais do mínimo do meu cartão de crédito, isso quando eu conseguia pagar. Em resumo, minha vida era uma tragédia e a única pessoa capaz de me fazer feliz parecia não pensar duas vezes antes de me fazer sofrer. Naquela época, a única coisa que eu queria era poder ter a liberdade para ser eu mesmo sem ser crucificado por isso.
Depois daquele dia trágico, quando a noite chegou escrevi um pouco e lá pelas duas da manhã, após minha mente já ter me matado e ressuscitado umas trezentas vezes, sentia que pelo menos no meu colchão teria um pouco de paz, mesmo que temporária. O que eu não imaginava é que aquela não seria uma noite comum.
A visita
Após tomar um banho e escovar os dentes, fui então para minha cama. A noite estava quente, pois o verão era impiedoso no Rio de Janeiro, mas um ar-condicionado ligado deixava a temperatura mais amena e tornava aquela noite um pouco menos dura do que fora o dia.
Tudo estava indo bem e meu sono era bem tranqüilo, até que em algum momento que a surpresa do fato me impede lembrar, fui acordado por uma figura estranha. Vi um rosto velho, mais velho do que qualquer outro homem que já havia cruzado meu caminho, ele trajava vestes surradas e escuras e sua áurea era carregada. Tinha um cheiro estranho que não consigo até hoje reconhecer e estava envolto em uma névoa negra e assustadora. Tomado pelo medo confesso que tentei gritar, mas aquela figura estranha colocou sua mão em minha boca não deixando que ar nenhum entrasse ou saísse dela, sua mão igualmente enrugada e gélida ao tocar meus lábios me assustou ainda mais, porém, naquele segundo reconheci aquela figura. Era ele, era Caronte, o barqueiro que leva as almas dos mortos até o Hades atravessando-as pelo rio Aqueronte. Naquele mesmo momento o medo simplesmente me deixou e penso que o barqueiro sentiu isso, pois tirou sua mão coberta de anéis de ouro de minha boca e começou a me olhar profundamente. Caronte então afastou-se um pouco de mim ainda envolto naquela nuvem negra e me disse.
- Você sabe quem sou, por isso te pouparei de explicações a respeito de minha identidade e irei direto ao assunto. O que venho fazer aqui está noite é te mostrar um lugar no qual você jamais esteve e que tenho certeza jamais irá querer voltar.
Após proferir aquelas palavras que me fizeram sentir cada pelo de meu corpo se erguer e aquele frio assustador na espinha, Caronte pegou minha mão com a dele e arrancou minha alma de dentro de meu corpo. Essa sensação de sentir sua alma deixar seu corpo é algo simplesmente inexplicável, mas se pudesse colocar isso em palavras diria que senti um calor na parte de minha pele por onde meu espírito a rompia ao mesmo tempo que pouco a pouco me sentia cada vez mais leve ao ponto de flutuar. Enquanto Caronte me erguia no ar eu via meu corpo deitado naquela cama, via meu peito enchendo e se esvaziando a cada vez que respirava e pela primeira vez tive a noção real de como eu fisicamente era. Após deixar meu corpo já não mais sentia necessidade de respirar, não sentia calor, não sentia frio, era como se eu fosse o próprio ar, leve e capaz de ir a qualquer lugar que eu quisesse.
A primeira parada
Caronte me levou para fora de meu quarto e foi estranho sair de lá sem usar a porta, na minha nova realidade de “alma penada” eu teria que me acostumar e passar pelos lugares como se eles nem mesmo existissem, visto que não sabia por quanto tempo estaria à mercê do barqueiro.
Conforme nos elevávamos no céu eu via minha casa ficando cada vez mais longe, via as luzes de Mesquita lá do alto e quando passamos por dentro da primeira nuvem algo estranho aconteceu. Embora eu não sentisse mais nada na minha condição de alma, nem mesmo meu próprio peso, ao entrar naquela nuvem minha cabeça estranhamente pesou e minha vista foi tomada por um grande embaço de cor negra, logo após isso adormeci.
Lembro-me de ao acordar ver a face de Caronte olhando mais uma vez profundamente em meus olhos, ao perceber que eu já estava mais uma vez acordado ele me disse:
- Levanta rapaz e veja o lugar que te trouxe, é tudo que acontece aqui que quero te mostrar.
Ao olhar para aquele lugar fui tomado mais uma vez por um enorme frio na espinha e meus pelos mais uma vez se arrepiaram. O lugar era de um negro que jamais havia visto, parecia um jardim, porém tudo que ali já devia ter tido vida agora estava morto. Uma névoa fina tomava conta daquele lugar e havia muitas almas ali perdidas perambulando sem direção alguma, aquele lugar e aquele sentimento eram com certeza os mais tristes que já havia visto e sentido. Meu peito foi tomado por uma profunda tristeza e um vazio imensurável, aquele lugar era com certeza vazio de qualquer forma de amor ou qualquer outro sentimento bom.
Peguntei para Caronte que lugar era aquele e ele me respondeu.
- Este é o Campo e nem todas essas almas que você vê aqui, ao contrário do que você deve estar pensando agora, são almas de pessoas mortas, algumas estão vivas. É aqui que almas que perderam algum sentimento em suas vidas vem durante as noites, porém elas jamais sabem que estiveram aqui.
Ao ouvir aquilo eu perguntei para o barqueiro.
- Eu também já estive aqui?
-Vamos andar um pouco por esse lugar e em breve você terá suas respostas. Respondeu Caronte.
Começamos então a andar e cada vez que chegava perto de alguma alma me sentia ainda mais triste. Eu via pessoas jovens, idosas, mulheres, homens e quanto mais velhos eles eram mais tristeza eu podia sentir e também ver em seus olhos. Algo ainda mais estranho me chamava atenção quando via essas almas. Todas elas estavam com suas cabeças completamente viradas para trás, aquela era uma cena aterradora. Mais uma vez perguntei para Caronte o porquê daquilo e mais uma vez ele me respondeu.
-Essas são as almas dos lamuriantes, suas cabeças estão sempre viradas para trás porque são incapazes de olhar para o futuro. Tudo o que fazem é olhar para o passado, para os erros que cometeram e culpar a vida pelo seu presente. Essas almas são incapazes de chegar a lugar algum, pois suas vidas são baseadas em desculpas para tudo e estas os impedem de seguir em frente. Perderam a força de viver e são apenas como cadáveres que ainda respiram. Agora continue seguindo-me, quero te levar a mais um lugar.
Caronte continuou a andar e eu por minha vez fui o seguindo por entre os becos e resquícios do que antes deveriam ter sido arbustos ou árvores. Andamos por um tempo não muito longo, mas também não muito curto, até que chegamos em um banco onde eu podia ver um jovem sentado de costas para mim, porém sua cabeça voltada para suas costas estava de frente para a minha. Chegamos mais perto dele, pois ele tinha um “ar” bastante pesado e Caronte parecia muito interessado em que eu conhecesse aquele rapaz, ao chegar mais perto, fui tomado pela pior sensação de espanto e medo que já senti em minha vida. Quase não pude acreditar quando cheguei mais perto e reconheci aquela face, aquele olhar, aquele choro, aquele rapaz triste de cabeça baixa era eu!
Aquela era a segunda vez que podia me ver por tal perspectiva, mas diferente de quando me vi na cama dormindo, desta vez a imagem que via de mim mesmo era nada além de simplesmente deprimente.
Perguntei para Caronte como eu poderia estar ali se estava com ele mesmo naquele lugar e ele então me respondeu.
-Esta aqui é a sua alma, meu jovem. Assim como todas as outras que você aqui pode ver, a sua também é freqüentadora diária do Campo. Você me pergunta como pode estar comigo e também ali, te respondo que é porque esta que você vê agora é a noite de ontem, voltamos um pouco no tempo para que você pudesse ver a si mesmo.
Poder ver a mim mesmo em estado tão deplorável era uma cena muito perturbadora, nem mesmo em meus devaneios quando me imaginava vendo meu retrato ao estilo Dorian Gray podia imaginar um ser tão miserável, na verdade quando me olhava tudo que sentia era uma profunda e imensurável pena de mim mesmo. Naquele mesmo momento pela primeira vez pensei em olhar meu “corpo” e ao baixar minha cabeça constatei mais uma verdade assustadora! De fato, ao olhar para baixo tudo que via eram minhas próprias costas, minhas nádegas e meus calcanhares, minha cabeça estava de fato virada para trás e eu simplesmente não havia percebido aquilo. Tentei a virar para posição normal, mas meu esforço foi em vão, era como se meus “músculos” não mais respondessem, ou tivessem simplesmente sido retirados de mim, o fato é que minha cabeça só podia olhar para trás. Embora este fato tivesse me deixado petrificado, tentei buscar em algum lugar de minha alma um resto de racionalidade para que pudesse voltar a olhar o meu outro eu sentado no banco, pois julgava que se o objetivo de Caronte havia sido me levar até aquele lugar para ver aquela cena em particular, então não caberia a mim desperdiçar aquela visita do barqueiro, por mais extraordinário que qualquer outro fato pudesse ser.
Com mais cuidado comecei a reparar em mim mesmo sentado ali naquele banco e como num passe de mágica a espessa névoa que cobria meu ser se dissipou. Como se já não fossem bastantes as experiências aterradoras que aquela noite havia me revelado, tive mais uma visão daquela digna dos mais assustadores filmes de terror. Confesso que se estivesse em corpo presente naquele lugar teria morrido de um ataque cardíaco ao ver o que vi, pois nada na vida havia me preparado ou sequer chegado perto daquela cena.
Ao desaparecer da névoa pude ver claramente que os braços de minha alma seguravam um pontiagudo e grande punhal e este estava enfiado até o fundo contra meu peito, via uma energia, uma luz esverdeada que se comportava quase como um gás vazando de dentro de minha alma, naquele momento senti toda minha energia ser drenada e embora minha condição de alma me impedisse de chorar com lágrimas, chorei em sentimento e me senti como se caísse de joelhos sobre o chão daquele lugar. Assim que toquei o solo e antes que pudesse pensar em qualquer pergunta, Caronte me ergueu de forma bruta, segurando-me pelo queixo e me fez olhar para aquela cena horrível mais uma vez. Enquanto ele certificava-se de que eu estava vendo tudo aquilo acontecer na minha frente comigo mesmo, ele me disse.
- Olhe rapaz, olhe e se lembre disso, pois uma visita dessas não acontece com todos, na verdade, posso contar em dedos de uma só mão quantos já estiveram aqui da forma que você está agora. Agradeça a Posídon, pois foi ele que vendo teu sofrimento no mar se compadeceu de sua dor e pediu para que Zeus deixasse eu trazê-lo aqui. Este é com certeza o pior lugar em que já estivera e tenho certeza que depois de ver o que vistes, jamais irá querer estar aqui novamente.
Em prantos, ouvia cada palavra que o barqueiro me dizia e enquanto eu tentava sobreviver a tamanha dor Caronte prosseguiu.
-Sua alma não é única aqui que tem em suas mãos o punhal do medo, todas as que vistes esta noite assim também o tinham, porém a névoa negra que as cobre o impediu de vê-las. Como disse, esse punhal é o medo e ele vive dentro de cada uma dessas almas que aqui estão e ele é o responsável por toda sua dor, pela sua solidão, pelo seu fracasso. Todos aqui culpam as adversidades, a vida, o mundo, viram suas cabeças para o passado a passam todo o seu tempo se lamentando sem jamais perceber que toda reação que acontece na vida deles é fruto de suas atitudes no passado. No caso das almas que aqui habitam, o medo as domina, as tira a energia um pouco mais a cada dia e os impede de seguir, pois enquanto eles não tiverem a força para eles próprios retirem os punhais de seus corações continuarão sendo escravos de si mesmos, assim como você é agora. Quando você tentou virar sua cabeça para frente não conseguiu fazer isso foi porque você ainda tem o medo em você, você só conseguirá enxergar o futuro quando for capaz de aceitar o seu presente.
Ouvi todas as palavras de Caronte em choque, não conseguia fazer nada além de chorar naquele momento, não conseguia sentir nada mais além do meu próprio desespero. De repente uma grande luz azulada se abriu no céu e o Campo antes escuro e tenebroso se iluminou, todas as figuras que ali estavam simplesmente sumiram a passamos a flutuar em um imenso vazio muito claro. Apesar da luz que tomava conta daquele lugar, ainda me era possível ver a luz azulada no alto, Caronte então mais uma vez me pegou pela mão e disse que me levaria para um outro lugar.
A segunda parada
Seguimos então em direção àquela luz azulada e começamos a passar por dentro de uma espiral de luz, uma mistura de azul com uma luz branca muito clara. Enquanto passávamos por aquela espiral eu tentava me enxergar, porém naquele momento acho que havia me tornado mais uma vez apenas algo como o próprio ar, assim como no momento em que deixei minha cama e fui em direção ao Campo com Caronte.
Depois então, chegamos a um lugar onde não havia chão, nem paredes, nada, era um lugar muito iluminado e nossos espíritos simplesmente flutuavam ali. Sobre nós, quase como se fosse no próprio céu, eu podia ver cenas da minha infância. Dessa vez, diferente daquele lugar horrível por onde havia passado, havia muita luz e eu me via ainda muito jovem e feliz correndo para todos os lados com meu primo e meu irmão, podia me ver jogando bola com chinelos Havaianas e todos nós parecíamos muito felizes. Pouco tempo depois, avançamos um pouco nos anos e me vi agora um adolescente, porém algo já havia mudado em minha fisionomia. Caronte me mostrou saindo de meu estágio, eu estava vestido com uma camisa pólo vermelha e jeans azuis, o dia estava ensolarado e Jonas, meu supervisor, estava comigo, assim como Luciana, a outra estagiária. Eles me diziam que eu devia sair um pouco mais, aproveitar mais minha adolescência, mas eu dizia que era feliz do jeito que era. Lembro-me que sempre fui do tipo que toma bastante cuidado com o corpo, não quero dizer que malho todo dia, na verdade sou bem magro, mas sempre procurei evitar acidentes, mesmo assim, via alguns arranhões em minha pele e podia me lembrar com toda certeza que nada havia acontecido naquela época que justificasse aqueles arranhões. Como tudo naquele passeio com Caronte era novo e tinha uma explicação que eu jamais poderia imaginar sozinho, perguntei para ele, então, porque eu via aqueles arranhões em meu corpo. O barqueiro então começou a me explicar.
-Na sua infância seu espírito era livre e o medo ainda não fazia parte da sua vida, contudo, na sua adolescência sua pele está marcada porque foi nessa fase da sua vida que você começou a se sabotar. Antes de chegar ao seu coração, o punhal que você se viu segurando momentos atrás passeou pela sua pele e cada corte drenava um pouco de sua energia. O primeiro momento em que você sentiu medo e se cortou levou a todos os outros cortes que você vê na sua pele quando adolescente, pois você nunca foi capaz de vencer esse seu medo inicial e deixou que ele dominasse sua vida. O medo é natural a todos nós, pois este é um dos sentimentos que foi liberado por Pandora quando ela abriu o vasilhame tempos atrás, porém, assim como o medo, existem diversos outros sentimentos que compõe a alma humana. O que você precisa lembrar é que o medo é apenas parte de você, mas não define o que você é.
Depois de ouvir aquilo tudo Caronte continuou.
-Minha visita a você termina aqui, agora te levarei de volta para onde te busquei.
Antes que ele tomasse minha mão mais uma vez, perguntei.
-Ainda posso me libertar do Campo?
Ele então respondeu.
-Apenas olhe para frente e você nunca mais frequentará o Campo de novo, não se esqueça disso.
A volta para casa
Caronte então pegou minha mão e senti uma sensação como se estivesse caindo. Diferente da primeira vez, quando ele foi me buscar em meu quarto, agora eu não podia identificar nada, não via mais nuvens, nem luzes na cidade, nada, só podia ver um grande borrão que nos cercava. Após o que pareceu ser apenas um segundo me vi em meu quarto mais uma vez, estava agora acordado exatamente na mesma posição em que estava dormindo quando o barqueiro me acordou, não sentia medo, nem angústia, nada, estava apenas um pouco confuso, pois não sabia se aquilo havia sido um sonho ou realidade. De qualquer forma, pensei que não mais deixaria o medo me dominar, pois aquela experiência havia sido intensa demais para eu arriscar me ver de novo no Campo da forma que me vi. Fui então ao banheiro lavar o rosto e quando caminhava de volta para cama senti que algo pesava no bolso do meu short de dormir, coloquei a mão para ver o que era imaginando serem as chaves do carro ou qualquer outra coisa, mas ao ver o que ali estava tive a constatação de aquela experiência que havia vivido minutos atrás não havia sido um sonho. Descobri um pedaço de papel que enrolava algo, desembrulhei-o e dentro do papel havia uma bela moeda de ouro, fiquei impressionado com a beleza e o brilho dela, mas também me impressionei com o próprio papel, pois nele estava escrito: “Não se esqueça dela em sua próxima visita.”
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