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terça-feira, 2 de agosto de 2011

O dia em que morreu a poesia

Houve um dia em que o brilho do olhar se foi, em que as músicas tornaram-se apenas músicas.
Houve um dia em que as brigas superaram os bons momentos e o medo assumiu o controle.
Houve um dia em que o sol ao deitar-se no horizonte deixou de ser um espetáculo divino e passou a ser apenas mais um fato científico.
Houve um dia em que dormir deixou de significar sonhar e passou a ser apenas uma droga que liberta a mente de seu próprio pensar.
Houve um dia em que o significado da vida era padecer.
Houve um dia em que o espelho azul tornou-se apenas mar.
Houve um dia em que a prisão tornou-se liberdade.
Houve um dia em que viver deixou de ser uma caminhada ao parque e tornou-se um castigo.
Houve um dia em que faltaram lágrimas, houve um dia em que faltou esperança, houve um dia em que faltou você.
Quando você se foi e levou consigo o nosso amor, foi nesse exato dia que enterrei a poesia de viver.

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