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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vazio

Vazio saia de mim, não me habite mais, pois estou cansado do vazio que você me traz. Vazio mau que me faz procurar e não achar o que tanto quero, que me faz tatear como um cego em busca das tão preciosas e valiosas palavras que você roubou de mim. Onde elas estão? Diga-me por caridade. Numa imensidão imensurável de sentimentos me vejo como um louco preso na minha camisa de força, braços atados, lábios cerrados, sentimentos grandes que não conseguem ser expressos, pois de mim, Vazio, você roubou as palavras. Traga-as de volta para mim, pois estou me afogando num mar de sentimentos! Não quero sair dele, mas quero mostrar a todos o que sinto e sei que seria capaz se não fosse pelo seu egoísmo, Vazio.
Sinto tanto, sinto tudo, vivo tudo e vivo-a. Vazio, saia de mim, pois quero me banhar num rio de largas margens, num rio de palavras, quero sair inundado por elas, perfumado por elas, quero sair imerso nelas e viver com elas. Pois como uma velha fofoqueira eu preciso falar, não assuntos vazios, rasos e superficiais, mas preciso falar sobre toda a beleza sentimental que toma conta de mim. Por isso Vazio, saia de mim; e palavras não me deixem jamais!

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